quarta-feira, 22 de março de 2017

QUE É QUIRALISMO


AUTOR: PEDRO ABREU

Nossa empreitada é buscar a origem, rumo e esteios que nortearam os caminhos das pessoas no planeta e em sua longa jornada de praticamente cinco séculos Brasil a dentro, na elaboração do que se entende por “família”.
Os caminhos de qualquer grupo humano civilizado sempre tem passado pelo crivo da quiralidade e do domínio simbólico, mesmo tendo estes apresentados os mais distintos nomes e variações culturais.
É seguindo essa linha de entendimento que as pessoas tanto do Oriente quanto do Ocidente elaboram como desejam vislumbrar o que chamam de Caminho visando constituir família.
Somos seguidores daqueles que se estabeleceram ao longo dos tempos em contextos diversificados elaborando através de insight, procedimentos e experimentos o que consideravam adequado para servir como guia para seus descendentes constituírem núcleos sociais.
Usando a quiralidade como origem da vida, as diferentes sociedades espalhadas pelo planeta, foram constituindo o matriarcado, o monoteísmo, o criacionismo, o naturalismo, o racionalismo e até mesmo o evolucionismo, todos eles aspectos do Monismo.
Então como caminhou a humanidade com os fundamentos que nossos antecedentes passaram a assimilar?
A quiralidade foi o instrumento inicialmente utilizado de forma experimental por todas as culturas, visto o próprio organismo humano e tudo que se encontra na Natureza ser considerado como expressão de dois aspectos de uma unidade chamados de: direita-esquerda, certo-errado, claro-escuro, etc., um rol de polaridades que as culturas estabelecidas utilizavam sem saber como se processava visando nortear seu agir.
Somente após muitos séculos de experimentos foi a quiralidade descoberta através do que atual-mente denominamos de compostos químicos encontrados nos organismos vivos, entretanto, continua sendo um dos problemas para o qual as ciências não têm uma solução para sua origem.
A quiralidade é uma designação associada à Química mas simultaneamente é um fenômeno que se manifesta em tudo o que é organismo vivo da Natureza.
A questão base para a qual os pesquisadores ainda não encontraram uma resposta é a origem de tal ocorrência, se a quiralidade é típica dos compostos químicos associados à Vida, ela deverá ter acontecido antes da própria Vida, de modo a condicioná-la e a construí-la tal como hoje a conhecemos.
No entanto, pelo menos à luz dos conhecimentos atuais, a quiralidade nunca surge de modo espontâneo.
Para compreender a quiralidade, observe o que ocorre com a imagem no espelho de um dado objeto que não é sobreponível com ele. Por exemplo, suponhamos que uma dada pessoa tem um sinal na face, do lado direito.
Quando se olha ao espelho, esse sinal irá aparecer colocado do lado direito da cara. No entanto, se a imagem saísse do espelho e viesse se colocar ao lado da pessoa, o que aconteceria?
Essa pessoa teria o sinal do lado esquerdo. Assim, o rosto da pessoa e a sua imagem não são sobre-poníveis, esse é o caso do fenômeno da quiralidade quando se manifesta macroscopicamente.
Com base no mesmo procedimento, poderá se verificar que, na Natureza, muitos objetos não são sobreponíveis com a sua imagem especular.
O que se passa é que é necessário haver não simetria para tal propriedade se manifestar.
Por exemplo, uma colher tem plano de simetria, logo há sobreposição com a sua imagem no espelho, mas o mesmo não ocorre com as mãos: a mão esquerda é a imagem no espelho da mão direita mas, quando tentamos sobrepô-las (a palma da mão esquerda sobre as costas da mão direita) não há sobreposição.
Não é possível, para as duas mãos, a ocupação exata dos mesmos pontos no espaço, e é este o motivo pelo qual não se consegue calçar de forma correta uma luva da mão direita na mão esquerda e vice-versa.
A palavra "quiral" vem do grego "cheir" que significa mão. Por definição, qualquer objeto é quiral se não for possível sobrepô-lo à sua imagem num espelho plano no espaço tridimensional. Exemplos de objetos quirais são as mãos humanas, os alimentos, os medicamentos, os saca-rolhas, as escadas em caracol, etc.
Quiralidade é um fenômeno que permeia a Natureza. O corpo humano é quiral com o coração à esquerda da linha do centro, e o fígado à direita.
Por motivos quirais evolutivos observa-se que a maioria das pessoas é destra. Muitas plantas apre-sentam quiralidade de maneira que se enrolam em torno da estrutura de suporte.
Alguns compostos orgânicos são excelentes exemplos de manifestação de quiralidade, devido serem constituídos de modo determinante por átomos de carbono.
O carbono é o elemento da Vida, e um dos motivos que poderá ficar a dever-se às suas características únicas de poder formar quatro ligações covalentes simples de modo equivalente.
Os físicos, consideram que a maioria daquilo que eles chamam de moléculas e que constituem as plantas e animais são quirais, e que apenas uma forma da molécula quiral ocorre em uma dada espécie.
Os aminoácidos que formam as proteínas encontradas nos organismos vivos não são simétricos. Isto é, só existem aminoácidos naturais de uma das formas enantiomorfas, a forma "esquerda".
Isso quer dizer que o arranjo dos átomos nessas moléculas espirala de forma contrária a um parafuso a saca-rolhas normal.
Nas proteínas dos organismos vivos, bactérias, vírus, plantas e animais, os aminoácidos são todos esquerdos (tipo L). Até hoje ninguém sabe o motivo desse esquerdismo da Natureza.
Entretanto, quando um aminoácido é sintetizado em laboratório, ambas as espécies (esquerda e direita) são produzidas.
A origem das propriedades biológicas relacionadas à quiralidade é comparada à especificidade de nossas mãos com suas luvas; assim, a característica para uma molécula quiral em um sítio de recepção quiral é ser favorecida apenas por uma direção.
Louis Pasteur no século XVIII, foi o primeiro pesquisador a notar a relação existente entre a quiralidade e os organismos vivos.
Ele observou que a maior parte dos produtos orgânicos naturais são quiralmente puros, enquanto que os produtos artificiais obtidos no laboratório e as espécies minerais são, aquirais.
O físico francês Jean Baptiste Biot descobriu que alguns líquidos eram opticamente ativos, giravam a direção da polarização da luz que passava por eles. Ele considerou que isso se devia a uma falta de simetria nas moléculas do líquido.
Experiências com o ácido tartárico, obtido das uvas, por Pasteur mostravam que soluções desse ácido eram opticamente ativas enquanto outras não eram. Essas soluções que não modificavam a polarização da luz eram chamadas de "racêmicas".
Do ponto de vista das outras propriedades físicas e químicas, os dois tipos de solução eram idênticos, mas, foi então que Pasteur olhando um precipitado com cristais de ácido tartárico ao microscópio, descobriu que os da solução opticamente ativa eram todos iguais.
Mas, os cristais que vinham da solução racêmica, opticamente não ativa, eram de dois tipos. Examinando com cuidado, ele viu que esses cristais eram enantiomorfos - um tipo era a imagem do outro.
Pasteur conseguiu separar os dois tipos de cristais obtidos na solução racêmica e depois, preparando uma solução de cada tipo de cristal, observou que ambas eram opticamente ativas. Só que uma girava a polarização da luz em um sentido e a outra girava no sentido oposto.
Daí, pode-se concluir que a solução racêmica não era ativa porque continha cristais, em igual número, girando a polarização em sentidos opostos mas porque uns anulavam o efeito dos outros.
Dez anos depois ele faria outra descoberta na mesma área e avançaria no entendimento da quiralidade das moléculas biológicas com auxílio de outro químico o holandês Jacobus van't Hoff, ao observar que as moléculas biológicas com quiralidade, com atividade óptica, teriam essa característica por conta de uma não simetria no próprio arranjo dos átomos dessas moléculas.
Desde a época de Pasteur e Hoff, tem-se chegado à conclusão que são quiralmente puros não só os produtos naturais dos organismos, mas as suas moléculas constituintes as proteínas e os ácidos nucleicos.
É uma condição suspeita e utilizada pelas civilizações antigas tais como as chinesas, indianas e egípcias, as quais se basearam no quiralismo para elaborar seus caminhos, religiões e modo de agir e formar cultura para daí estabelecer o que hoje conhecemos por “família”.
Até mesmo os micro-organismos vivos são capazes de distinguir entre "forma direita" e "forma esquerda", como foi demonstrado pelas experiências de Pasteur e comprovada em 1815, pelo físico Jean-Baptiste Biot ao verificar que substâncias orgânicas naturais, tais como a cânfora e o óleo de terebintina eram capazes de girar o plano da luz polarizada oriunda das ondas eletromagnéticas.
Porque é que os organismos vivos fazem uso de substâncias quiralmente puras? A quiralidade dos produtos naturais pode ser entendida como uma consequência da quiralidade das proteínas, dado que estas catalisam a produção dos referidos produtos.
Porque é que as proteínas são, então, quiralmente puras? Estudos experimentais e teóricos mostram que um número de estruturas poliméricas incluindo proteínas e ácidos nucleicos, quando constituídas por monômeros de quiralidade uniforme, se organizam rapidamente e são estáveis mais do que quando são obtidas a partir de uma mistura racêmica.
Entretanto, a questão a ser considerada é como a quiralidade age na sociedade, cultura e vida das pessoas?
Tal situação conduziu a humanidade a seguir uma das vertentes: criacionismo, evolucionismo, naturalismo e derivados, visto tal situação se encontrar associada ao problema da origem da vida.
É aceito que a vida, tal como a conhecemos, não podia existir sem quiralidade. Disso resulta que, se fosse possível responder à questão sobre como é que a quiralidade se originou, uma pergunta que é mais simples do que a da origem da vida, a resposta à pergunta mais simples poderia dar indicações sobre a mais difícil.
Em que medida é que estas questões sobre origem da quiralidade pode ser respondida através da investigação? Esta é, uma situação controversa e sem resposta que é aceita por todos.
Esta pergunta nunca poderá ter resposta porque ela refere--se a um dado conjunto de acontecimentos que ocorreu antes do surgimento da vida e o caráter que a ciência tem para apresentar explicações não é útil por causa da complexidade destes acontecimentos.
No entanto, na medida em que os fenômenos em causa se regem pela lei natural, eles podem, ser repetidos em laboratório fornecendo suporte para apoiar até mesmo as conjecturas simbólicas envolvendo a vida.
Utilizando a cultura chinesa como exemplo por ter se mantido fiel a prática do quiralismo, um dos argumentos sociais e organizadores da família utilizados por eles há milhares de anos é o Taoismo, uma tradição que enfatiza a vida em harmonia com o Tao que significa "caminho", obtido com base na quiralidade da Natureza denominada por eles de “yin-yang”.
No Taoismo, o termo Tao designa simbolicamente a fonte, a dinâmica, o criador e a força motriz por trás de tudo que existe no Universo e na Natureza.
É, sem definição seu conhecimento, bem como a maneira de se passar do mundo quiral para o domínio do Tao, um universo simbólico cuja experiência e linguajar dependem de cada povo e cultura.
Ao longo do tempo, foram criadas diversas formas institucionalizadas do taoismo em diferentes escolas que, misturaram crenças e práticas, tendo seguidores em diversas sociedades ao redor do mundo.
O simbolo do Tao traduzido como "caminho", assume um significado sem definição e apenas de experimento, representando o que há de profundo e misterioso na Realidade para seus adeptos fazendo com que tudo seja como é, pois corresponde à ordem da vida de acordo com a lei natural.
Ele é pensado como o argumento pelo qual a Natureza é, e se torna o que ela é (a "Mãe"), ao escolher entre qualquer valor de seu conteúdo normativo considerado como sustentáculo confiável do funcionamento do Universo, da Natureza e da vida.
Juntamente com o Budismo e o Confucionismo, o Taoismo é um dos principais esquemas de comportamento social da China.
Acupuntura, Herbalismo, Medicina, Meditação e Artes Marciais, são práticas de vida que possuem ligações com o quiralismo.
Um dos principais ensinamentos do Taoismo é a expressão da quiralidade manifestada na Natureza, através da competição dos complementos yin e yang que seriam duas energias simbolizantes e que devem ser mantidas em equilíbrio.
Para os chineses, o excesso de qualquer uma destas duas energias é considerado danoso como ocorre na quiralidade dos alimentos, medicamentos, comportamento e da vida em geral.
O Taoismo nasce com Lao Tsé e ensina que quando as duas ações (yin e yang) estão em equilíbrio na personalidade humana tudo caminha em harmonia buscando-se através da quiralidade da Natureza a descoberta do Caminho do Tao.
A Medicina Chinesa constando de (conselho, alimentação, cuidado e medicamento) como resultado desse agir, considera que as doenças são causadas por falta de equilíbrio na energia circulante do corpo, chamada de “chi”, um elemento do domínio simbólico.
O I Ching conhecido por livro das mutações com sua origem mítica é um conjunto de signos que orientam os rumos da sociedade chinesa e cujo atributos se relacionam com os elementos fogo, água, terra, ar e madeira estabelecendo a função familiar de cada componente na sociedade.
O povo chinês baseando-se principalmente nas mutações que os complementos yin-yang do chi produzem, assumem que o Caminho do Tao não necessita de elocubrações simbólicas sofisticadas que judeus, arábes, cristãos e ocidentais estabeleceram de forma exagerada “detalhando” o “caminho simbólico” da quiralidade até atingir o Tao, um procedimento exclusivo da fé, tido como um ato de indução daquilo que não se encontra garantido, podendo e não ocorrer.
Podemos considerar este agir cultural como o terceiro estágio evolutivo da quiralidade visto sua primeira ocorrência ter se realizado em organismos não humanos durante o processo fuga-luta, enquanto o segundo foi efetivado já em nível sensorial com humanos.
Os cnidários são os primeiros organismos multicelulares, que habitam as costas, os fundos e as água abertas dos oceanos a se envolverem com o quiralismo.
No processo fuga-luta se associam ao peixe palhaço fornecendo abrigo, proteção, delimitando seus territórios, afastando predadores e servindo como local de desova. Essa relação entre ambos se chama Mutualismo.
Não existe nenhum argumento e fundamento no mundo quiral que possa garantir um ato simbólico indicando que possivelmente tenhamos de modificar nossa compreensão de existência focada apenas na dimensão espaço-tempo para aceitá-lo como parte de nós.
O domínio simbólico não causou muito interesse na cultura chinesa, eles se tornaram os maiores adeptos do quiralismo no planeta em termos de cultura e sociedade estabelecida.
O mundo simbólico encontrou mais adeptos no mundo ocidental com destaque para o povo judeu/árabe e em seguida para os gregos que inventaram toda sorte de supostos acontecimentos visando controlar as sociedades pertencente ao Ocidente.
Após a simbolização do Tao ter sido experimentada no Extremo Oriente, foi a vez da cultura babilônica no Oriente Médio a utilizá-la enaltecendo o caráter matriarcal(yin) denominado “Tiamat” sobrepujando o patriarcal yang(Marduk).
Depois foi a vez dos judeus se afastarem daquele, antropomorfizando e dando ênfase ao aspecto patriarcal(yang), com o nome de Adão, colocando o matriarcado(yin) com o nome de Eva abaixo do yang, criando um novo esquema para o Caminho do Tao agora sob a denominação de “Deus”.
Também reformularam uma ideia original do povo egípcio denominada de Monoteísmo que atuava no mundo quiral através do uso das polaridades “Geb e Nut”.
Os judeus substituíram o Tao por, Javé, colocaram no lugar do Matriarcado da Natureza, o Criacionismo patriarcal com o predomínio da Palavra forjando a estória da “queda” visando sufocar os cultos assírio-babilônicos até que uma nova facção não ortodoxa judia criasse o Filiacardo messiânico cristão, humanizando o “messias”, um vir-a-ser que nunca será, agindo como um novo caminho de verdade e vida.
Não satisfeitos com todo esse jogo de elementos simbólicos, já comprometidos estabeleceram a ilusória “ligação” entre humanos “eleitos” e o Criador através da chamada “Escada de Jacó”, ensinada nos ritos cabalísticos dos textos bíblicos, criando para o Ocidente mais uma versão do “Caminho” original a ser seguida por muitos terráqueos até os dias atuais.
Mas, foram principalmente os gregos e romanos ocidentais quem finalmente alteraram e ampliaram a distorção da quiralidade original dando um toque renovador na forma que hoje ela chega a ser praticada nas escolas, sociedades e tudo que se relaciona com o conhecimento na formação da instituição da família.
O surgimento das ideologias: filosofia baseada na razão, religião baseada na criação e ciência apoiadas na tecnologia virtual, vigente tornaram o Caminho do Conhecimento iniciado pela quiralidade da Natureza e depois experimentada no Extremo Oriente, utilizando os elementos fogo, aguá, terra, ar e madeira em argumentos antagônicos do tipo espirito-matéria, interior-exterior, consciente-inconsciente, físico-metafisico, objetivo-subjetivo, capitalismo-socialismo, substituindo a complementaridade das polaridades pelo oposição dos contrários criando a “dualidade”.
Daí para frente a ética natural tornou-se filosófica e base da moral substituindo os aforismos comportamentais que orientavam o “Caminho”, e tudo mais por instrumentos simbolizantes entendidos como racionais com a compreensão do Tao sendo alterada inicialmente por Heráclito e depois pelo mundo das ideias platônicas seguidas de perto por Aristóteles.
Era o surgimento da quarta fase evolutiva da fenomenologia quiral. Uma etapa onde a criação dual greco-romana denominada espirito-matéria, e depois ampliada por outros pensadores ocidentais se tornaria a maior mazela simbólica que uma sociedade poderia produzir no intuito de destruir a elaboração de um caminho milenar constituído.
A quiralidade taoista antes baseada na energia simbolizante do chi, era agora exposta em forma de partículas inventadas pelo grego Leucipo através de átomos formadores da substância(matéria viva e não viva) estudada em todos os locais do Ocidente onde se buscava praticar o saber e o conhecimento.
Após Pasteur ter chamado de mistura racêmica, o racemato a mistura inicial das duas substâncias em partes iguais, que não desvia o plano da luz polarizada, tais observações estabeleceram as bases para o surgimento da estereoquímica, que é a parte da química orgânica dedicada a estudar as moléculas em três dimensões.
Nela, as simetrias são do tipo geométrico, envolvendo formas no espaço. Entretanto, os matemáticos e físicos trabalhando com entendimento amplo de simetria, assumiram além da simetria espacial, a existência da simetria também no tempo e outras ainda sutis.
Uma delas, é a simetria da paridade, considerada como regra para os fenômenos físicos. Em 1957, foi demonstrado que certos fenômenos sub-nucleares não obedecem a essa simetria.
A matemática alemã Emmy Noether, nascida em 1882 em Göetingen enunciou o teorema que passou a ser conhecido como "teorema de Noether".
Esse teorema associa cada simetria em Física a uma lei de conservação. A simetria das leis físicas em relação ao tempo resulta na conservação da energia.
Hoje, o trabalho dos físicos consiste, em boa parte, na busca e compreensão de simetrias e suas leis de conservação associadas.
Algumas dessas simetrias são simples, como a rotação e a reflexão outras são complicadas, como a "simetria de calibre"", de "gauge".
As leis da Eletrodinâmica Quântica, têm simetria de "gauge". Partindo dessa hipótese de simetria, chega-se a as propriedades das forças eletromagnéticas.
Assim, os argumentos de simetria orientam até mesmo, a descrição das forças que agem dentro do núcleo atômico e seus componentes.
Essas são a "força forte" e a "força fraca" dos núcleos atômicos que também obedecem a simetria de "gauge".
Como o Universo não é quiral, e tampouco as ondas eletromagnéticas, não existe qualquer garantia de que se possa utilizar o domínio simbólico pelos físicos e matemáticos para se trabalhar a quiralidade fora da Natureza e da Vida através de tais artifícios.
Partindo de elementos atômicos, com suposições apriorísticas herdadas da cultura greco-romana produtora de resultados condizentes com as necessidade humanas, as tecnologias apoiadas pelas academias e instituições educacionais modificaram mais uma vez a compreensão de quiralidade.
O apriori tomou conta da educação e do agir comportamental da sociedade ocidental, o Caminho passou a ser enquadrado como regras canônicas impostas pelo surgimento da Igreja, da Ciência e do Direito produzindo uma Instituição familiar construída sob um novo terreno social que atualmente aceitamos e divulgamos considerando estarmos seguindo para lugar algum que as comunicações midiáticas passaram a dominar.
As abordagens criacionistas surgentes falam de um criador do Universo, da vida e da humanidade, com o objetivo de responder às indagações existenciais humanas em todas as épocas e em todas as civilizações tentando substituir a quiralidade.
Assim, na tentativa de explicar a essência da existência e da vida os humanos buscam estabelecer um elo entre o compreensível e o não compreensível, entre o físico e o não físico com respostas visando atender ritos e culturas, esquecendo o papel da quiralidade.
Tais argumentos, em alguns casos refutam evolucionismo e em outros o aceitam parcialmente, com ressalvas. Criacionistas acreditam que a evolução não pode explicar adequadamente a história, a diversidade e a complexidade da vida na Terra.
A educação, saúde e família do mundo ocidental. se tornaram apenas instrumentos virtuais de tudo quanto possuímos quando a quiralidade da vida e da Natureza, assimilada pelo simbólico humano transformou a humanidade no jogo daquele que mais possuem e podem mais, estabelecendo e limitando a continuidade da instituição família hoje em extinção.
O caos dessa onda criacionista ampliada pelo catolicismo, ocorreu na Idade Média, um momento obscuro na busca pelo Caminho, por conta da nova simbolização cristã implantada com seus desmandos com a lepra entrando em cena, um mal que assombrou, e produziu esterilidade na sociedade europeia durante anos.
O cristianismo agora sob a denominação de Catolicismo transformou a quiralidade yin-yang na dualidade “bem ou mal”, sacra mentalizando a loucura e obrigando seus adeptos a subserviência simbólica, com a invenção e implantação de suas principais mazelas: batismo, não dissolubilidade do casamento e proibição da sexualidade humana de seus divulgadores na tentativa de manter o bem(yin) e ocultar o mal(yang) a qualquer custo, contrariando o patriarcado judaico(yang).
Para Erasmo de Roterdã, a loucura se compara a um dos deuses, filha de Plutão e Frescura, educada pela Inebriação e Ignorância, cujos companheiros fiéis incluem Philautia (amor-próprio), Kolakia (elogios), Lethe (esquecimento), Misoponia (preguiça), Hedone (prazer), Anoia (Loucura), Tryphe (falta de vontade), Komos (destempero) e Eegretos Hypnos (sono morto).
Do século XIV ao XVII, tinha surgido no mundo ocidental uma encarnação do mal, um esgar do medo, com mágicas de purificação e exclusão resultante dessa busca pelo Caminho.
A partir da Idade Média, e até o final das Cruzadas, por conta da perda total da quiralidade provocada pela Igreja Católica, os leprosários como abrigo do mal(yin), tinham se multiplicado por toda a Europa. Paris chegou a possuir 19.000 deles em toda a cristandade.
As pessoas celebravam o não aparecimento da lepra em 1635, onde os habitantes de Reims faziam procissão solene para agradecer a Deus por ter libertado a cidade desse flagelo.
Ao retirarem os leprosos do mundo e da comunidade visível através da Igreja, as pessoas consideravam que sua existência era uma manifestação de Deus, uma vez que, no conjunto, ela indicava sua cólera e marca de bondade perdida em forma de yang.
Com o fim da lepra, o leproso da memória, essas estruturas permanecerão. Pobres, vagabundos, presidiários e "cabeças alienadas" os quais assumirão o papel abandonado pelo lazarento.
A lepra foi logo em seguida, substituída pelas doenças venéreas. De repente, ao final do século XV, elas sucedem-na como por direito de herança.
Os sifilíticos se tornam tão numerosos que foi necessário pensar na construção de edifícios "em lugares espaçosos de cidades e arredores, sem vizinhança". Nascia uma nova lepra, que tomaria o lugar da primeira.
No entanto, não são as doenças venéreas que assegurarão, no mundo europeu, o papel que cabia à lepra no interior da cultura medieval, este foi assumido pela loucura, um caos entre a posição yin-yang .
Fato curioso a considerar: é a influência do modo de internamento, tal como se constituiu no século XVII, que a doença venérea se isolou, em certa medida, de seu contexto de saúde e se integrou, ao lado do aparecimento da loucura, num espaço moral de exclusão.
Mas será necessário um longo momento de latência, quase dois séculos, para que esse novo espantalho, que sucede à lepra nos medos seculares, suscite como ela reações de divisão, exclusão, purificação que no entanto lhe são aparentadas de maneira evidente.
Antes de a loucura ser estabelecida, por volta da metade do século XVII, antes que se ressuscitem, em seu favor, velhos ritos, ela tinha estado ligada, a todas as experiências da Renascença.
As heresias religiosas começaram a polular por toda Europa sob o disfarce de espiritismo, protestantismo, anglicanismo, calvinismo, etc como forma de corrigir a loucura trazendo de volta o reencontro com o Caminho.
Os loucos tinham uma existência errante. As cidades escorraçavam-nos de seus muros; deixava-se que corressem pelos campos distantes, quando não eram confiados a grupos de mercadores e peregrinos.
A denúncia da loucura tornava-se a forma geral da crítica social pelos estudiosos. Se a loucura conduz todos a um estado de cegueira onde todos se perdem, o louco, pelo contrário, lembra a cada um sua verdade; na comédia em que todos enganam aos outros e iludem a si próprios, ele é a comédia em segundo grau, o engano do engano.
Até a segunda metade do século XV, e mesmo um pouco depois, o tema da morte imperava sozinho. O fim do humano, o fim dos tempos assume o rosto das pestes e das guerras. O que domina a existência humana é este fim e esta ordem à qual ninguém escapa.
A presença da loucura é uma ameaça do mundo é uma presença não encarnada. E eis que nos últimos anos do século XVI, esta não quietude gira sobre si mesma: o desatino da loucura substitui a morte e
seriedade que a acompanha.
Da descoberta desta necessidade, que fatalmente reduzia o humano a nada, passou-se à contemplação desdenhosa deste nada que é a própria existência.
A substituição do tema da morte pelo da loucura não marca uma ruptura, mas sim uma virada no âmbito dessa falta de sentido por não mais se encontrar o Caminho.
Não é mais o fim dos tempos e do mundo que mostrará retrospectivamente que os humanos eram uns loucos por não se preocuparem com isso; é a ascensão da loucura, sua surda invasão, indicando que o mundo está próximo de sua derradeira catástrofe; é a demência humana que a invoca e a torna necessária devido a perda total do Caminho.
Esse liame entre a loucura e o nada é tão estreito no século XV que subsistirá por muito tempo, e será encontrado ainda no centro da experiência clássica da loucura. Sob formas diversas — plásticas e literárias — uma experiência da falta de senso que parece de extrema coerência.
Figura e palavra ilustram a fábula da loucura no mundo moral; mas logo tomam direções diferentes, indicando, a ciência como aquela que será a grande linha divisória na experiência ocidental da sociedade.
A ascensão da loucura ao horizonte da Renascença é percebida através da ruína do simbolismo gótico. Um livro é testemunha dessa proliferação de sentidos: o Speculum humanae salvationis, que além de todas as correspondências estabelecidas pela tradição dos padres valoriza, um simbolismo que revela não a ordem da Profecia, mas a equivalência do imaginário.
As figuras simbólicas se tornam silhuetas de pesadelo. Esta sabedoria passa a ser prisioneira das loucuras do sonho. Conversão do mundo das imagens: a coação de um sentido multiplicado o libera do ordenamento das formas.
Tantas significações se inserem sob a superfície da imagem que ela passa a apresentar uma face enigmática perdendo daí em diante valor humano para ser tardiamente conquistada pela tecnologia do século XX, seu poder não é mais o do ensinamento do Caminho mas o do fascínio.
A liberdade, ainda que apavorante, de seus sonhos e os fantasmas de sua loucura têm, para a pessoa do Ocidente do século XV, gera mais poderes de atração que a realidade da carne.
Qual é, esse poder de fascínio que se exerce através das imagens da loucura? De início, o humano descobre, nessas figuras, um dos segredos e uma das vocações de sua natureza.
É, por inversão, um animal, agora, que vai apoderar-se dele e revelar-lhe sua verdade.
A animalidade escapou à domesticação pelos valores e símbolos; e agora fascina a humanidade com sua falta de ordem, seu furor, sua riqueza de monstruosidades, é ela quem desvenda a raiva obscura, a loucura estéril que reside no coração das pessoas.
No polo oposto a esta natureza de trevas, a loucura fascina porque é um saber. Ê saber, de início, porque todas essas figuras absurdas são, na realidade, elementos de um saber difícil, fechado e simbólico.
Enquanto o racional e sábio só percebe desse saber algumas figuras fragmentárias — e por isso mesmo não quietantes —, o louco o carrega inteiro em uma esfera intacta: essa bola de cristal, que para todos está vazia, a seus olhos está cheia de um saber que não é visível.
Assim, o mundo mergulha no furor universal, onde a vitória não cabe mais nem ao yin e nem ao yang, mas à loucura.
Em todos os lados, a loucura passa a fascinar o humano ocidental. As imagens fantásticas que ela faz surgir não são aparências fugidias que deixam de aparecer da superfície do Ocidente.
Quando o humano desdobra o arbitrário de sua loucura, encontra a sombria necessidade do mundo; o animal que assombra seus pesadelos e suas noites de privação é sua natureza, aquela que porá a nu a implacável verdade do Inferno.
Após a Renascença, a loucura abandona seu lugar modesto, passando a ocupar o primeiro posto. Ela surge e conduz o coro alegre de todas as fraquezas humanas. Privilégio absoluto ela reina sobre tudo o que há de animalesco nos humanos.
Sobre a ambição que faz os sábios e políticos, sobre a avareza que faz crescer as riquezas, sobre a discreta curiosidade que anima os filósofos e cientistas, a loucura atrai, mas não fascina.
Ela governa tudo o que há de fácil, de alegre, de ligeiro no mundo. É ela que faz os humanos "se agitarem e gozarem", assim como os deuses.
Sem dúvida, ela tem a ver com os estranhos caminhos do saber. Mas se o saber é tão importante na loucura, não é que esta possa conter os segredos daquele; ela é, pelo contrário, o castigo de uma ciência que não é útil.
Se a loucura é a verdade do conhecimento, é porque este não é significante, e em lugar de dirigir-se ao texto da experiência, perde-se na poeira dos textos e nas discussões ociosas e assim, a ciência acaba por desaguar na loucura pelo excesso das falsas ciências.
A loucura aparece como a punição imagética do saber e de sua presunção ignorante. É que, de modo geral, ela não está ligada ao mundo e a suas formas subterrâneas, mas sim ao humano, a suas fraquezas, seus sonhos e suas ilusões.
A loucura só tem sentido em cada pessoa, porque é ela que a constitui no apego que demonstra por si mesmo e através das ilusões com que se alimenta com relação ao tipo de caminho escolhido.
A philautia do cristão confuso é a primeira das figuras que a loucura arrasta para sua dança, porque estão ligadas uma à outra por um parentesco privilegiado: o apego a si próprio é o primeiro sinal da loucura.
Mas, não é porque o humano se apega a si próprio que ele aceita o erro como verdade, a mentira como realidade, a violência e a feiura como a beleza e a justiça é pela falta da existência do Caminho.
Nesta adesão simbolizante a si mesmo, o humano faz surgir sua loucura como uma miragem. O símbolo da loucura é o espelho que, nada reflete de real, para aquele que nele contempla, o sonho de sua presunção.
A loucura não é mais que a estranheza familiar do mundo, é apenas um espetáculo conhecido pelo espectador, não é mais figura do simbólico, mas traço de caráter do humano.
São essas descobertas, e apenas elas, que nos permitem, considerar que a experiência da loucura que se estende do século XVI até hoje deve sua figura particular, e a origem de seu sentido, a ausência, a essa noite e a tudo o que a ocupa com o trilhar do Caminho.
A bela retidão que conduz o pensamento à análise da loucura como distúrbio mental deve ser reinterpretada numa dimensão vertical; e neste caso verifica-se que sob cada uma de suas formas ela oculta de uma maneira completa e perigosa essa experiência trágica que a retidão não conseguiu reduzir.
O abismo da loucura em que estão mergulhados os humanos do Ocidente é tal que a aparência de verdade que nele se encontra é simultaneamente sua contradição.
A loucura não é um poder abafado, que faz explodir o mundo revelando fantásticos prestígios; ela não revela, no crepúsculo dos tempos, as violências da bestialidade, e a luta entre o saber e a proibição.
Mas este caminho, mesmo quando não leva a nenhuma sabedoria, mesmo quando a cidadela que ele promete não passa de miragem e loucura renovadas, esse caminho é em si o caminho que se for se-guido redundará em ilusão.
A loucura é a forma mais pura, e total do quiproquó: ela toma o falso pelo verdadeiro, a morte pela vida, o homem pela mulher, a enamorada pelo Erineu e a vítima por Minos.
Nela se estabelece o equilíbrio, mas ela oculta este equilíbrio sob a névoa da ilusão, sob a falta de ordem fingida; o rigor da arquitetura se esconde sob a disposição hábil dessas violências.
A loucura deixou de ser, nos confins do mundo, do humano e da morte, uma figura escatológica; a noite na qual ela tinha os olhos fixos e da qual nasciam as formas do imaginário.
Cada forma da loucura encontra um lugar marcado, suas insígnias e seu deus protetor, mantendo todas as aparências de seu império.
Como se pode observar o fenômeno quiral iniciado com o processo fuga-luta dos organismos vivos, assumiu o simbolizante mítico, revelando o Caminho, para depois retornar ao natural humano, quando mais uma vez foi reduzido através da razão a um novo status não existencial enlouquecido representativo das tecnologias de informação sob o signo “on-off”, argumento capaz de incorporar as variações que os elementos constituintes da Natureza, principalmente o carbono e oxigênio se submetem diante das radiações eletromagnéticas denominadas de “efeito estufa”.
O que ocorreu de novo no fenômeno da quiralidade foi a inclusão da variante causal, ondas eletromagnéticas, um elemento do Universo onde o natural quiral passou a ser representado pela virtualidade “on-off”, como novo estágio de sua evolução.
Esse novo estágio quiral produziu e produz transformações alarmantes na elaboração do Caminho, os quais a maioria da humanidade não se encontra preparada para absorvê-los.
Dentre eles se destaca uma nova ética não mais filosófica e racional, mas baseada no conhecimento, o empalidecer vertiginoso da religião com a supremacia da virtualidade e um experimento igual e equilibrado do Caminho do Tao em todos os sentidos formando uma única unidade denominada Monismo.
Amostras deste novo momento se verifica nas tecnologias que passaram a deter principalmente o controle do quiralismo, são elas: as industrias farmacêuticas, as de alimentos e as de informação e comunicação.
O caminho para qualquer constituição familiar que antes se baseava na quiralidade dos grupos de sangue, superou a razão e agora é comandada pelo “chip” e sua polarização “on-off”.
Medicamento tipo concepcionais e aqueles ditos racionais, como os biofármacos são alguns exemplos de como a tecnologia farmacêutica transformou a quiralidade a partir da polarização das ondas eletromagnéticas em “fármacos racionais”.
Um dos assuntos fascinantes para alguém interessado na área de medicamentos é saber como uma substância química, utilizada como fármaco, exerce a sua atividade em nosso corpo.
A resposta a essa questão nem sempre é simples e envolve estudos de complexidade e custo.
Entre os fármacos à venda nas farmácias do país, existem alguns que apresentam uma particularidade em sua estrutura, que é de fundamental importância para a atividade biológica.
Alguns desses fármacos são quirais e têm quiralidade, tendo em sua estrutura um a mais átomos (na maioria das vezes carbono) que apresentam sua orientação tridimensional bem definida.
A modificação dessa orientação pode levar à diminuição do efeito biológico, sua total supressão e até mesmo o aparecimento de efeito adverso.
Convém deixar claro que a quiralidade não é condição para que uma substância apresente efeito farmacológico, entretanto se a estrutura tiver um centro quiral carbônico é importante saber qual a orientação espacial responsável por essa atividade.
Cabe ressaltar que as legislações brasileira e mundial, na área farmacêutica, têm estabelecido limites à venda de fármacos cujas estruturas apresentem quiralidade.
Nesses casos, primeiro é necessário saber qual orientação tridimensional do centro quiral é responsável pela atividade farmacológica. Esse conhecimento determinará como o fármaco deverá ser consumido pelo público.
Nesse aspecto, métodos químicos que permitam o controle da orientação tridimensional do centro quiral, no momento em que o fármaco esteja sendo produzido, são de importância fundamental.
É aí que a síntese não simétrica, que é a reunião de estratégias e métodos químicos que permitem efetuar o controle tridimensional de um determinado centro quiral, mostra sua importância.
Observando a quiralidade corporal, atualmente, a produção mundial dos medicamentos envolve pro-dutos naturais, biológicos e sintéticos, onde mais de setenta por cento do total, se relaciona ao domínio quiral, com a maioria ligada a resolução de questões oriundas dos sistemas circulatório e imunológico.
Do exposto, vemos como a ação de espectros de partes das ondas viajantes gerando alterações na formulação de produtos farmacêutico, alimentos e produtos de consumo dependem da quiralidade.
Além de modificar o caminho da humanidade mesmo produzindo de forma otimizada novos limites e escolhas quirais a virtualidade não fornece e tampouco garante que efeito isso produzirá na quiralidade que a Natureza estabeleceu para vida dos organismos humanos quando traçam seu caminho buscando formar grupos familiares.
Como a Igreja Católica está baseada no Criacionismo patriarcal e no Filiacardo messiânico, ela encontra-se presente na história brasileira desde a chegada dos portugueses, contribuindo para a formação cultural, artística, social e administrativa do país.
Sua relação com o Estado foi estreita no Brasil tanto na Colônia quanto no Império, pois, além de garantir a disciplina social a qualquer custo, também executava tarefas administrativas que hoje são atribuições do Estado, como o registro de nascimentos, mortes e casamentos.
O clímax da loucura ocorreu por volta do século XX com o surgimento de avanços tecnológicos atu-ando de forma destrutiva com experimentos em humanos produzindo guerras mundiais e envolvendo comprometimentos genéticos tipo alteração quiral causada pelo medicamento talidomida, uma tragédia ocorrida no final da década de 1950 principalmente na Europa, onde foi lançado, ocasionando mais de dez mil nascimento de crianças com membros deformados, como mãos, braços e pernas atrofiadas.
As drogas quirais que buscam atualmente apascentar o desvio da alienação yin-yang, são atualmente as mais consumidas para controlar a depressão e as doenças de natureza cardiovascular, como mostram os registros da Organização Mundial de Saúde na primeira economia mundial o EUA.
Miscigenação e aculturação envolvendo Ocidente e Oriente dando ênfase ao teosofismo, hermetismo e atroposofismo com o nome de Nova Era, liberalismo sexual e feminismo com o surgimento e aumento do consumo de drogas, um artificio para encontrar o equilíbrio perdido na busca do Caminho, foram disseminados por todo o planeta ampliando a loucura até atingir o nível da alienação.
A alienação é a diminuição total da capacidade dos indivíduos em pensar e agir por si próprios, onde não existe qualquer interesse em ouvir opiniões alheias, mas apenas se ocupar com o que lhe interessa.
Esse mundo do começo do século XXI é estranhamente hospitaleiro para com a loucura, presente no coração dos humanos, signo irônico que embaralha as referências do verdadeiro e do quimérico, mal guardando a lembrança das ameaças trágicas da vida, tornou-se fruto de profunda miscigenação secular formada no caldeirão simbólico judaico, greco-romano, africano e indígena, que destruiu toda e qualquer ideia existente experimentada pelas tradição acerca da evolução do quiralismo no Brasil.
Nos tornamos pessoas sem qualquer atitude e compromisso com nenhum Caminho, nossos deuses, anjos, santos e demônios são loucuras emprestadas e transformadas em alienação, que não permitem garantir a nenhum brasileiro: moral, ética e formação cultural pois não possuímos sequer um liame relacionado com o que éramos e o modo de como fomos forjados.
Este é o caminho que os adeptos da projeciologia e conscienciologia tentam solucionar sem sucesso devido o roteiro seguido não pertencer a ciência, mas a educação através da via do conhecimento.

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