AUTOR: PEDRO ABREU
Monismo é um esquema de compreensão do conhecimento da Realidade, descrito em forma de hipertexto representando de maneira integrada e unificada o conhecimento. O que existe atualmente escrito em termos de conhecimento, são representações mentais de pesquisadores, pensadores e observadores delineadas de algum modo e distribuídas pelo planeta. A compreensão do Monismo, vivenciada em diversos contextos e culturas, é assumida com um enfoque, capaz de permitir às pessoas organizarem um roteiro na elaboração de seus pensamentos, quando se envolvem com a riqueza desse conhecimento, buscando entender a vida, o mundo e a Realidade. O entendimento acerca do Monismo, não isola os argumentos de pensadores identificados como idealistas, nominalistas e empiristas, mas os incorpora, na medida em que se tornam partes da unidade do conhecimento, acerca de como vive e se desenvolve a humanidade. Ele é considerado, distinto das concepções espiritualista e materialista, expressões do dualismo filosófico. Tamanha compreensão, ao se libertar do biocentrismo, antropocentrismo, cosmocentrismo e teocentrismo centra-se na unidade do conhecimento da Realidade como foco de toda discussão, visando a unificação descritiva do conhecimento. O Monismo é um esquema de compreensão do conhecimento da Realidade que integra e unifica saberes descritos englobando as diversas formas e modos de conhecimentos constituídos. Devemos no entanto, não confundir Monismo, com o termo “monismo” uma espécie de dualismo criado pelo matemático e filósofo alemão Christian von Wolff a partir do século XVII, oriundo do eleatismo grego, no qual a realidade é constituída de um princípio único, um fundamento elementar, onde os múltiplos seres são redutíveis em última instância a essa parte, mas, não de uma origem. Não confundir origem mítica com princípio filosófico. Pensadores sempre trabalharam a idéia de “monismo”, apenas em sua forma filosófica como uma epistemologia clássica, onde os mais conhecidos são: “monismo neutro” de William James, “monismo” como laço entre religião e ciência de Ernest Haeckel um naturalista alemão que traduziu Charles Darwin e o “monismo” anômalo de Donald Davidson. Para muitos, a palavra "monismo" indica ser um esquema epistemológico oriundo do dualismo que considera a Realidade como redutível a uma unidade do conhecimento. Outros o confundem com às ontologias que remetem ao tudo, a substancia e a alma, outros com o “monismo materialista" reduzido à matéria e outros ainda com o “monismo idealista" onde se comenta que tudo pode ser reduzido à alma. No sentido hegeliano, o "monismo" se refere ao universo e a todos que apresentem o mesmo caráter, quer pela admissão da unidade do mundo, do absoluto, da inteligibilidade do ser, quer pela consideração do caráter aparente e superficial da multiplicidade sensível, da individualidade e da duração. Este “monismo” opõe-se, neste sentido, ao "pluralismo", que vê nas questões a falta de continuidade, a multiplicidade individual, o devir que altera os seres e a falta de previsibilidade das ações e fatos. Trocando em miúdos, a palavra "monismo" tem sido usada de forma equivocada para indicar toda doutrina e esquema de pensamento que afirme unidade de explicação (redução a um só princípio, a uma só causa, a uma só tendência e direção) para um domínio de idéias e de procedimentos.
Enquanto no dualismo as pessoas acreditam: que a mente tem uma existência não dependente do corpo formada por alguma substância não material e andando de mãos dadas com alguma visão religiosa. O Monismo, por sua vez, postula que qualquer separação do diversos tipos de conhecimentos a respeito de um assunto, não apresenta qualquer sentido e nexo. O termo dualismo, uma coexistência de dois princípios contrários e opostos veio a tornar-se importante quando foi usado equivocadamente no Ocidente a partir dos filósofos gregos, para designar a “existência” de duas substâncias: a material e a espiritual. Outra confusão semântica que sempre faz parte do viver de muitas pessoas nas sociedades ocidentais relacionadas ao Monismo, ocorre quanto ao entendimento do significado de “Realidade” e “existência”. Muitos confundem aquilo que é existencial com o real, em toda exposição ao longo do texto, Realidade será entendida como uma unidade esquemática que contém a existência visível e a não-visível. Os humanos sempre buscaram descrever o conhecimento acerca da Realidade como uma unidade do saber. Entretanto, o aparecimento das diversas formas de representação, proporcionou seu isolamento e fragmentação. O surgimento do papiro, escrita cuneiforme, alfabeto, papel e computares, proporcionaram as diversas sociedades descrever a seu modo o entendimento deste conhecimento do real. O Monismo busca organizar e descrever estas diversas formas de representação da Realidade. Desde o início da existência humana descobrem-se formas para se investigar problemas, produzir tecnologias que resultem em produtos para sociedade. Remonta a compreensão cosmogônica dos oralistas anterior ao surgimento do pensar mítico representada na forma Urubórica do Redondo, do Nada, da Unidade constituída de aspectos não-conhecidos, não-existentes, existentes e não-visíveis e existentes visíveis, todos interligados através de um interface vivenciados em tempo real. O segundo momento desta representação surgiu com a compreensão teogônica dos místicos mantendo a visão unificada da Realidade ao exercerem o aspecto numinoso das palavras atribuída aos elementos não-conhecidos denominados atualmente de Perfeição, Consciência e Não-Padrão do real constituindo um princípio único, com seus aspectos não-existentes, existentes e não-visíveis e existentes visíveis, redutíveis a esse Não-Padrão, vivenciados em um tempo circular. Uma tentativa malograda de manter esta situação surgiu em seguida com a invenção da Filosofia quando fragmentou a representação unificada da Realidade utilizando-se da razão, criando o dualismo isolando e destruindo a numinosidade das palavras, representando os elementos não-conhecidos da compreensão mítica agora denominados de ontológicos e os aspectos não-existentes, entendidos como metafísicos, ao dá destaque a criação cosmológica dos aspectos existentes e não-visíveis e existentes visíveis, de modo a se vivenciar um tempo histórico. As falhas de tal concepção se encontram no uso não-adequado: de uma gramática, de uma lógica formal chamada de metodologia e de uma linguagem baseada em elementos geométricos, antinomiais, dualísticos e lineares que isolam tudo de todos. Enquanto os oralistas e místicos se preocupam em explicar o que é a verdade experimentando seus diversos aspectos através da palavra e do agir, os filósofos se ocupam em vivenciar a eterna dúvida dos por-quês através da investigação dos critérios de verdade permanecendo no eterno mundo dos porquês.
O surgimento da Ciência nos distanciou mais ainda da compreensão dos oralistas, místicos e filósofos quando se enalteceu a cosmologia ligando-se mais as explicações de como os aspectos existentes e não-visíveis e existentes visíveis funcionam no espaço-tempo. Muitos cientistas ainda continuam centrados neste antigo saber ao se utilizar dos mesmos elementos de uma gramática, de uma lógica e de uma linguagem que não mais lhes atendem. Aos poucos com o advento da Informática foi dado início a uma revolução na explicação do conhecimento e na representação da Realidade, um retorno as fontes através do processo de integração e unificação dos saberes e não-saberes. A criação de domínios e de hipertextos como redes de conhecimento ligadas por interfaces, trouxe de volta a unidade da Realidade e nos proporcionou reunir em um só conjunto, todo saber desde os oralistas ao reformular pelo uso da linguagem alegórica, da lógica(metodologia) dimensional simbólica e do uso ade-quado da gramática vigente todo domínio do conhecimento na forma de uma epistemologia dimensional simbólica. Assim, vive-se o tempo on line, no ritmo da velocidade da luz onde qualquer problema relacionado com a natureza humana pode ser simulado. Superou-se de vez com os estágios primitivos do saber. O humano adquiriu a partir do século XXI, o caminho consciente do conhecimento unificado, por meio do uso do tempo real que agora se torna normalizado.
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